terça-feira, agosto 04, 2009

Tasquinhas de "eu e você".



Onde foi que nós erramos? Onde foi que eu errei? Aonde foi que deixamos nosso erro? Passamos por tantas, por poucas e boas, eu e você. Música boa e música ruim. Nos sobraram alguns poucos bons discos, bons de resgatar. Tudo na nossa vida, apesar dos pesares, é tão bom de resgatar. Conforto e rede repartida. Beira da praia e casa de pescador. Vida boa, separação, idas e vindas, viagens, desilusão. Nunca me perdoei por te fazer chorar, um certo dia, mesmo tendo chorado tanto por você. Provavelmente mais! Provavelmente muito mais! Um fim de julho catastrófico, cheio de azar. E você nem pra estar em casa, pra atender meu telefonema.

Você pareceu bem você, aquela de antigamente. Aquela insegurança que rasga o peito e deixa de noite pensando em como poderia ser diferente, em como seria se nada daquilo existisse. Tens razão quando diz que levava mais vantagem antes. Nem aí! Mas aí quem sabe se seríamos assim, tão eu e você?! Tão fácil, sem precisar provar, sem precisar explicar, sem precisar escrever. Eu quis tanto que você estivesse ali, aquele ar de cidade pequena, beira-mar, o velho mundo tão jeri. Faltava eu e você, e uma turma de bons amigos pra testemunhar. Volta lá comigo?!

Uma história assim tão pra sempre não precisa de capítulos ruins. Uma música tipo barzinho, um vinho e uns queijos caem muito melhor. Muito melhor mesmo! Tantos cenários, eu e você. Tantos encontros e desencontros. Tantos encaixes. Quantos momentos inesquecíveis. Das festas, de dormir no carro, de curtir a vida, de não dormir! Queijos e vinhos! E assim eu ficaria aqui a chorar por você, por imaginar não te ter, não participar da tua vida. Prefiro sentir de novo, mais perto. Beijar tua boca, sentir teu cheiro, teu gosto. Beijar teu pescoço, afastar e ver de perfil o rosto lindo, cabelo preso, ouro amarelo "vinteedois" e cristais de nome chique. Como queijos e vinhos, como eu e você. Recíproco! Queijos e vinhos? Eu e você? Que tal? Aceita o convite?

O fim do ano novo.

Ele definitivamente não gostava de escrever na primeira pessoa. E tinha uma mania terrível de escrever sobre suas escritas, de ficar pensando nas suas ideias. Um vento frio batendo nas costas, vindos daquela fresta indesejável da janela quebrada. Ele achava linda, a janela quebrada com a moldura de pedra original da típica construção portuguesa. Passaram a noite toda ouvindo música velha e lembrando de como era bom fazer isso em casa, com os amigos e até com os pais. Deu bem uma saudade grande das noites chatas com os pais.

Doze anos depois fica mais fácil entender tudo aquilo. Bem vindo a 2021. É! Você vai estar aqui: bem vindo a 21! A essa altura já passamos por umas três copas do mundo (é assim que os homens contam tempos tão longos), doze turbulências econômicas e mais um vexame do Brasil em casa, bem no Maraca! E a gente, ein?! Sempre gostei de músicas estranhas, mas só pra ouvir sozinho. Me bate um branco danado e não lembro mais de nada. Me ajuda?

Afundou numa depressão sem fim, daquelas que se disfarça com trabalho durante o dia, mas que à noite consome a alma. Faltava-lhe inspiração e sobrava saudade do passado. Uma pena ter dado tudo tão errado. Ficou tão amargo que nem toda aquela história de sucesso que almejava, doze anos atrás, lhe parecia bastante. Ela tinha muita razão quando pensava nisso. Era muito difícil a essa altura, parar e mudar a música. Preferiu, então, mudar o disco, virar a página, escolher um novo livro de cabeceira e pensar em um novo destino para sua próxima viagem solitária.

A quem esperava, sinceras desculpas. Essa é uma estória deprimente, sem final feliz. Melhor: sem final! Fuck off!

quarta-feira, outubro 08, 2008

Chamada não atendida: ELA

Apesar de parecer distraído, ele estava lá, concentrado, olhar e mente fixos na idéia de transformar tudo em texto, condensando um turbilhão de informações em algo palpável, um tanto acessível para que num futuro próximo pudesse resgatar... Foi voltando pra "casa", naquele mesmo caminho entediante, e pensou em tudo, em como as coisas são e em tantas outras que deveriam ser. Reservaria o primeiro parágrafo para aqueles pensamentos, certamente... Muito complicado, àquela altura, pensar em pensar e não poder escrever ou escrever o que não deveria pensar. O silêncio tosco das palavras não escritas também pode comunicar muito. E ele acabava deitando todas as noites na companhia dessa incompetência aterradora.

Depois de vagar por aquelas ruas frias, imundas, firmou residência num velho albergue no bairro universitário, sob a alcunha de Puneet Kumar, um jovem estudante indiano, sobre o qual tudo que sabia estava resumido nas anotações do caderno das aulas de arte moderna e nos dados de sua carteira estudantil. Deitado, lendo um livro grosso mas de leitura fácil, anti-capitalista e até bem realista (se isso é possível, pensou!), cochilou. Menos que isso, tornou a si quando o livro lhe caiu sobre a face, e teve uma sensação esquisita de que na verdade não estava ali, de que aquela história toda era uma grande farsa, que nada daquilo existia e de que não lhe restava dúvida, muito menos nada o que escolher.

Acordou com uma vontade interminável e indescritível de tê-la, a mesma de todos aqueles dias. Era impossível querer sair daquele colchão velho quando ela parecia ali tão perto. Depois de todo esse tempo, senti-la naquela noite o deixou mais vivo, e ela, ainda mais atraente e especial. Era impossível não sonhar com o seu rosto, com o seu corpo, suas pernas lindas, cinturinha fina, os seios pequenos e todo aquele jeito de enlouquecê-lo que só ela tinha. Lembrar daquele encaixe perfeito... ela de costas, entregue. Os beijos molhados, mordidas no pescoço e mais um monte de detalhes proibidos que não convém aprofundar... Ele não tinha mesmo motivo algum para sair dali.

Conseguiu, enfim, se libertar daqueles pensamentos tentadores, tomou um banho frio, congelante, e foi mais uma vez ganhar o mundo. Os problemas financeiros, por mais que tentasse relevar, disputavam espaço com aquelas lembranças boas. Aquela chuva de informações (em inglês, claro!) sobre a atual crise financeira, o deixava louco. Mas ela estava lá, tão impossível, tão proibida e tão perto. Tão mais interessante que tudo que lhe importava era poder ficar com ela, por muito mais tempo do que teve oportunidade até agora. Ôpa! Acordou com o livro anti-capitalista no rosto, novamente. Precisava dormir. Amanhã vai acordar louco para tê-la mais uma vez.

(maybe) to be continued.



Follow Me
Beck


Follow me

Follow me
Baby, I won't let you leave if you believe in me
And I always set you free from all those yesteryears
But you don't know how much
I got believe in you

I was starting at your shoulder shivering
In such A coldest summer breeze
mean while I wonder why we're here
Look for the line between love and friends
we'll Be twisting ourselves again

I was standing at the corner on the street
Watching the wheels are turning free
Waiting to Back up on My feet
Reading a Line between Night and Day
I'll be twisting Myself Again

terça-feira, agosto 19, 2008

To know that I know that you know now



If It Kills Me - Jason Mraz

Hello, tell me you know
Yeah, you figured me out
Something gave it away
And it would be such a beautiful moment
To see the look on your face
To know that I know that you know now

And baby thatÂ’s a case of my wishful thinking
You know nothing
Cause you and I
Why, we go carrying on for hours, on and
We get along much better
Than you and your boyfriend

Well all I really wanna do is love you
A kind much closer than friends use
But I still canÂ’t say it after all weÂ’ve been through
And all I really want from you is to feel me
As the feeling inside keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me

Well how long, can I go on like this,
Wishing to kiss you,
Before I rightly explode?
This double life I lead isnÂ’t healthy for me
In fact it makes me nervous
If I get caught I could be risking it all

Baby thereÂ’s a lot that I miss
In case IÂ’m wrong

Well all I really wanna do is love you
A kind much closer than friends use
But I still canÂ’t say it after all weÂ’ve been through
And all I really want from you is to feel me
As the feeling inside keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me

If I should be so bold
IÂ’d ask you to hold my heart in your hand
Tell you from the start how IÂ’ve longed to be your man
But I never said I would
I guess IÂ’m gonna miss my chance again

All I really wanna do is love you
A kind much closer than friends use
But I still canÂ’t say it after all weÂ’ve been through
And all I really want from you is to feel me
As the feeling inside keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me
If it kills me
I think it might kill me

And all I really want from you is to feel me
ItÂ’s a feeling inside that keeps building
And I will find a way to you if it kills me
If it kills me
If it kills me
It might kill me

sexta-feira, agosto 08, 2008

é mais ou menos isso.

Give me the first taste

The First Taste
Fiona Apple

I lie in an early bed, thinking late thoughts
Waiting for the black to replace my blue
I do not struggle in your web
Because it was my aim to get caught
But daddy longlegs, I feel that I'm finally growing weary
Of waiting to be consumed by you

Give me the first taste
Let it begin, heaven cannot wait forever
Darling, just start the chase
I'll let you win, but you must make the endeavor

Oh, your love give me a heart contusion
Adagio breezes fill my skin with sudden red
Your hungry flirt borders intrusion
I'm building memories on things we have not said
Full is not heavy as empty - not nearly, my love
Not nearly, my love, not nearly

Give me the first taste
Let it begin, heaven cannot wait forever
Darling, just start the chase
I'll let you win, but you must make the endeavor

The first taste
Let it begin, heaven cannot wait forever
Start the chase, I'll let you win
But you must make the endeavor

segunda-feira, agosto 04, 2008

Killing me softly.

Se viu de novo envolvido, completamente mergulhado naquela história. As coisas que havia falado, o jogo sujo, o golpe baixo, parece ter deixado tudo ainda mais confuso, mais intenso, mais desafiador e, com toda certeza, mais gratificante. E o joguinho cheio de dicas e enfim revelado o fez sentir uma pontinha de reciprocidade. Impossível não imaginar tudo de novo, os lugares, os desafios, as descobertas, "aquela" sexta-feira inesquecível, tudo. E tudo mais que tem por vir. Ah, tem! Impossível também não passar mais uma noite em claro, pensando naquilo tudo, nas conversas que tiveram. (E a meta 10 acabou ficando pra depois.) A lista precisa urgentemente ser refeita, pra colocar "aquele" exercício como número um, com ela, a grande meta. Pensou em mais uma porção de coisas que queria falar baixinho no ouvido dela, palavras apimentadas e sacanagens doces.

Aconteceu mais ou menos assim. Se encontraram na rua por acaso, cruzaram olhares, um sorrisinho de canto de boca meio tímido e seguiram. Ela era linda, loira, usava um vestido furta-cor que lhe caía muito bem. Ele era um tipo diferente, não lhe parecia o mais bonito, mas tinha um certo charme irresistível. Um jeito bem cafajeste (!), pensou ela. Atravessaram o cruzamento, se olharam mais uma vez. Ele teceu um elogio à ela e outro ao vestido. Partiram sem saber se ainda se veriam. Refizeram aquele caminho todos os dias, na esperança de reviver a mesma história. Ela não podia pensar nele, se sentia culpada, mas ao mesmo tempo adorava aquilo, lembrar de tudo também, lhe dar as dicas do mistério e sonhar em como seria. Ele passava o dia esperando a noite chegar, pra encontrá-la de novo e poder falar mais um monte de coisas que a deixaria, de certo, como na véspera daquela viagem.

E como seria realmente inevitável, já consumidos por todo aquele desejo reprimido, se encontraram mais uma vez. Se beijaram loucamente até chegarem na casa dele. Ela adorava aquele jeito forte, dominador, quase rude. E lhe parecia impossível que ainda assim fosse, paradoxalmente, tão romântico e apaixonado. Ela se entregou inteira, certa de que só ele era capaz de deixá-la assim, mole e louca de tesão. Se consumiram loucamente... Virou-a de costas, nem sequer tirou seu vestido. Beijou seu pescoço, mordeu sua nuca, falou tudo que queria no seu ouvido, como se aquilo nunca mais fosse acontecer. Lhe deixou várias marquinhas que sumiram logo. Viajaram naquele prazer indescritível, como fizeram tantas vezes. "Podemos parar quando você quiser", disse ele. Parece mesmo que ela não quis. O gosto dela agora estava perfeito, misturado ao seu.

A pegada forte deu lugar ao carinho terno, um cafuné gostoso. Adormeceram. Dormiram juntinhos e ele quis dizer que aquela noite também não era definitiva, que nada ia acabar ali. Ainda tem muito mais pela frente. Mais um sonho e mais uma ficção. "Vem sonhar junto comigo. Joga tudo pro alto", lhe falou baixinho ao ouvido. E como o desafio lhe pareceu bem interessante, achou muito justo que agora fosse a sua vez. Tem o mesmo estilo e começa com "I". Boa sorte!

A letra da música:
Love Me Like There's No Tomorrow
Freddie Mercury

You had to kill the conversation
You always had the upper hand
Got caught in love and stepped in sinking sand
You had to go and ruin all our plans
Packed your bags and you're leaving home
Got a one-way ticket and you're all set to go
But we have one more day together, so
Love me like there's no tomorrow
Hold me in your arms, tell me you mean it
This is our last goodbye and very soon it will be over
But today just love me like there's no tomorrow

I guess we drift alone in separate ways
I don't have all that far to go
God knows I learnt to play the lonely man
I've never felt so low in all my life
We were born to be just losers
So I guess there's a limit on how far we go
But we only have one more day together so

Love me like there's no tomorrow
Hold me in your arms, tell me you mean it
This is our last goodbye and very soon it will be over
But today just love me like there's no tomorrow

Tomorrow god knows just where I'll be
Tomorrow who knows just what's in store for me
Anything can happen but we only have one more day together, yeah
Just one more day forever, so

Love me like there's no tomorrow
Hold me in your arms, tell me you mean it
This is our last goodbye and very soon it will be over
But today just love me like there's no tomorrow

terça-feira, julho 29, 2008

Job: cartão de aniversário. Gostei!

Não envelheça, cresça.
Deixe o tempo passar a largo.
Brinque. Brinde.
Não se leve tão a sério.
Viva intensamente.
Faça de cada sonho
uma jóia duradoura.

segunda-feira, julho 28, 2008

And yet you don’t believe her



For No One
The Beatles

Composição: Lennon / McCartney

Your day breaks, your mind aches,
You find that all her words of kindness linger on,
When she no longer needs you.
She wakes up, she makes up,
She takes her time and doesn’t feel she has to hurry,
She no longer needs you.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.
You want her, you need her,
And yet you don’t believe her,
When she says her love is dead,
You think she needs you.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.
You stay home, she goes out,
She says that long ago she knew someone but now,
He’s gone, she doesn’t need him.
Your day breaks, your mind aches,
There will be times when all the things she said will fill your head,
You won’t forget her.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.

quarta-feira, julho 23, 2008

Durma com os anjinhos!



Bebi uns chopes pra abrir a mente. Mentira de quem diz que as drogas não alimentam a inspiração. As drogas fazem um bem danado pra isso. Elas só cobram o preço depois. Aí estou aqui, tomando os últimos goles de uma draft beer e pensando em como começar a falar em tudo que estou pensando. Quando estamos assim, cada música parece um poço de inspiração. Mas depois que você toma várias, e escuta várias, fica muito complicado de arrumar as informações.

Acordei agora de um sonho tão lindo, uma história mirabolante tão impossível que quase não dei confiança. Uma menina linda, loira e linda, e parecia que nos conhecíamos há tanto tempo, que tínhamos tanta intimidade... Me apresentei, falei um pouco da minha vida, deixei ela falar. Mas era impossível. A forma como a gente combinava, o jeito de falar, as coisas, as vontades... parecia mesmo que tínhamos um passado em comum. Parecia que ela não tinha mudado nada. Aquele jeitinho era tão especial que me parecia impossível que meu cérebro fantasioso tivesse inventado aquilo tudo. Era impossível não sentir a realidade dos meus dedos acariciando aquele rostinho lindo. Porra!!! Eu faria aquilo pro resto da minha vida. Isso, apreciar a beleza singela daquela menina confusa, tão certa de si e tão imatura. Posso te amar pra sempre. Vou fazer isso. Estando nós juntos ou não. Prefiro você comigo. Se não, você será pra sempre a materialização do "Se", o passado-futuro não alcançado e a lembrança boa.

Vou te amar loucamente. Ah, vou! Passar noites acordadas pensando em ti. Não me peça pra não fazer isso. Será um prazer! Perder noites de farra com os amigos, "na merda", pensando em você. Ainda assim, vou continuar te amando, te achando a pessoa mais especial do meu mundo. Não vou deixar de sonhar. De imaginar que você é pra sempre. Todos aqueles pensamentos que nunca consegui ter com mais ninguém... que tive contigo. Pode ser! Pode ser (sim) que não dê certo, mas você há de saber que eu quis, que eu tive certeza, que enquanto conversávamos futilidades pra ficar perto, era tudo isso que eu queria dizer. Eu sei que é pra sempre, não me pergunte como, nem porquê. Simplesmente sei! Simplesmente almejo que seja assim. Em não sendo (ops!), fazer o que?! Não posso fazer tudo, não posso fazer muita coisa.

Boa noite! Durma com os anjinhos... e sonhe comigo! (Ou ao contrário, como brincaríamos!). Vá dormir, mas não esqueça nunca que esssa conversa não é definitiva, que as coisas não devem acabar assim, que temos um monte de sonhos tolos e futilidades pra viver juntos. (Eu sei que isso é tudo uma obra de ficção). Mas me deixa sonhar em paz. Vem sonhar junto comigo. Joga tudo pro alto. Esquece essas formalidades. Encosta tuas costas no meu peito sem culpa, sem peso, pra eu beijar esse pescoço, morder tua nuca, falar sacanagens no teu ouvido e ver tudo fluindo, de novo, até sentir o (teu) gosto indescritível do teu beijo, de novo. Seria o marco perfeito, aquela data especial, pra todos saberem que nós dois somos um, eu e você, juntos. Perfeito!

Pode ser (dois barcos).

Dois Barcos -Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo

Quem bater primeira dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer
Aponta pra fé e rema

É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar

Será, Morena? (?!)
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

Doce o mar, perdeu no meu cantar (x 2)

Só eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

terça-feira, julho 22, 2008

Sonhando acordado.

Fazia frio. A calefação com defeito e o edredom velho não ajudavam. No velho piso de madeira pingava de instante em instante uma goteira pela fresta da janela com defeito. Da porta do quarto tudo que se via era a cama estreita e desarrumada, uma pequena cômoda e uma mala sobre ela, o que fazia supor que ou estava ali de passagem ou simplesmente não tinha muitas posses. Um velho gravador tocava uma música meio lenta, com uma batidinha suingada e uma melodia com uma voz amável. Destoava. A música definitivamente não era uma trilha sonora condizente com aquele caos. Letra triste, mas era até alegre.

As coisas não podiam ser fáceis, não teria sentido algum. Seria talvez tão previsível quanto encontrar ali abertamente o que estava pensando daquilo tudo. Acordou ainda um pouco tonto, atordoado com tanta informação, mas preferiu ficar deitado, pensando na vida e em como passaria por aquilo tudo. Dormiu e acordou ainda várias vezes naquela mesma tarde, numa tentativa infantil de fazer aquele pesadelo voltar a ser um sonho lindo. Levou muito tempo pensando em como poderia falar tudo o que estava pensando, mas nem ele mesmo sabia, não podia formatar a confusão de sentimento que poluia sua mente.

Lembrou várias vezes dos encontros escondidos e deixou-se levar pelo sono. Assim conseguia sonhar com ela, com o seu cheiro, com o toque do seu cabelo lindo e liso. Pronto! Tudo estava certo, normal. Mas aí de súbito acordava novamente e caía em si, percebendo o inferno no qual estava mergulhado. E nessa sequência desgastante, da euforia à decepção, enfim dormiu até o outro dia. Acordou incomodado pela luz do sol que entrava pela tal fresta na janela, que ia bater ironicamente bem no seu rosto. Ainda pensou, mas não fez muito esforço para achar que tinha sido apenas um sonho ruim. Encarou de frente e foi viver o seu dia.

Parecia mais vivo que de costume, mas continuava achando que sua vida não estava fazendo muito sentido. Quase nada lhe empolgava mais como antes. Sentou num banco esperando o ônibus e passou a reparar numa conversa torta do casal ao lado. Uma linda historinha piegas sobre um casal de velhinhos que tinham uma forma bem particular de demonstrar carinho. "Haverá de ser pra sempre". Escreviam isso e guardavam nos lugares mais inusitados, a fim de surpreender o outro. O rapaz, nitidamente interessado em impressionar a mocinha com a história bonita, contava as situações mais românticas sobre o casal de velhinhos. Mas aí seu ônibus chegou e não teve como ficar para ouvir o final daquela novelinha. Tomou a condução, sentou no último banco e continuou a pensar na sua vida. Pra que mentir? Será que também era mentira? Por que não pode ser fácil? O passado volta? Ou seria só um novo futuro, comum? Bem! Isso ele só vai saber quando acordar.

domingo, julho 20, 2008

mentiras amargas

eu menti
sou mesmo um idiota
mas eu estava sentindo que isso ia acontecer
não me engano com aquele frio na barriga.
não fiz nada daquilo que te disse
o barzinho e os três chopes sem graça
que foi tudo que fiz aquela noite
estavam péssimos
preferi voltar pra casa
e me perder pensando em você.
precisava ouvir o que tinha medo
te dei uma forcinha e me arrependi
simplesmente porque eu nunca imaginei
que você também iria
mentir pra mim.
:´(

sábado, julho 19, 2008

She doesn't exist

If I Fell - The Beatles
Composição: John Lennon / Paul McCartney

If I fell in love with you,
Would you promise to be true
And help me understand?

'Cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holdin' hands.

If I give my heart
To you,
I must be sure
From the very start
That you
Would love me more than her.

If I trust in you
Oh, please,
Don't run and hide.
If I love you too
Oh, please,
Don't hurt my pride like her

'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.

So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two

'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.

So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two.
If I fell in love with you.



domingo, julho 13, 2008

Tão!

Não posso ser falso. Aquele lugar tão antigo, tão cheio de histórias e lembranças, minhas e nossas, e algo meio tão novo por ali que foi inevitável passar a noite lembrando de você, da gente, de nós. Não me peça pra não lembrar. É a melhor coisa que tenho nessas noites. É como faço pra ter você perto de mim. Tantas pessoas conhecidas, amigos e conhecidos em comum. As músicas bregas com um jeito novo, tão boas, tão modernas... tenho certeza que você iria gostar. Se não das músicas, do nosso lugar de novo, da gente juntinho ali, abraçados, eu atrás de você, sussurrando a letra romântica de cada música.

Incrível como pelo menos duas delas se encaixam perfeitamente com tudo que queria te dizer, hoje e durante todo esse tempo. Vê só! Tão brega e tão real. Tão meu e tão seu. Tão certo, fácil, sem complicação alguma. Joga tudo pro alto, vem ouvir minhas músicas, cantadas baixinho no seu ouvido. Vem ver aquele filme romântico comigo, pra eu ganhar vários pontos contigo. Relaxa do meu lado. Se deita no meu colo sem peso, entregue. Se entrega de verdade, com tudo que tu tem, com todo o sentimento. Esquece aquele zunido seco no banco de trás. Vem pra mim. Vem ser minha de novo e pra sempre. Chiclete de uva e alguma coisa parecida com chocolate.

Fiquei desgraçadamente mais impressionado como sou mulherzinha apaixonado, achando o máximo o jeito largado do China incitando o amor, a paixão e todo tipo de sentimento bobo que teimo em sentir por ti. Tem uma história de ficção muito mais séria pra ser contada. E uma carta postada pelo correio, que é realidade pura, e que só cabe a você ler e entender.

A letra (vale a pena acompanhar): Eu te amo e Detalhes





domingo, julho 06, 2008

Você não serve pra mim

Ouvi um dia desses uma afirmação que me deixou intrigado. Pensei, pensei e cheguei à triste conclusão de que esse alguém estava coberto de razão. É mais ou menos o seguinte: na vida (vixi!!!), duas pessoas jamais estão na mesma sintonia (parece absurdo anti-romântico, mas calma). A grande questão é que, por mais que duas pessoas se gostem, se amem de verdade, sempre uma delas vai estar "correndo atrás".

Pare, pense e reflita. Você vai ter que concordar. Seja um namoro de muito tempo ou um simples caso passageiro, duas pessoas estão sempre na gangorra. Não que isso seja ruim, faz até parte do processo. O duro é ter que encarar os fatos e ver que ou estamos correndo atrás ou alguém está correndo atrás da gente. Ou damos um fora ou levamos um, bonito. Mesmo no namoro mais entrosado, sempre tem aquele momento que você "não está nem aí" e outros tantos que você sente aquele medo de perder a pessoa.


Ouvi também (e aqui eu não concordo muito, mas tem seu sentido) que uma pessoa passa a ter medo de perder o outro quando descobre a existência de um terceiro, seja ele um ex, um fica antigo ou um paquera novo. Saber que, se vacilar, vai vir outro e tomar seu lugar, parece perturbador pra grande maioria das pessoas, que então passam a fazer tudo para não perder o amado em questão.

Lembrei disso ouvindo uma música e pensando em cantá-la para alguém. Aí fiquei pensando que, provavelmente, alguém tem (ou já teve) vontade de cantá-la pra mim. Você, com certeza, já ouviu uma música e lembrou de uma pessoa. E agora deve estar pensando na mesma música e imaginando quem já ouviu-a pensando em você.

Você Não Serve Pra Mim
Roberto Carlos
Composição: Renato Barros

Não fique triste não se zangue
Com tudo o que eu vou lhe falar
Sinto demais, porém agora
Tenho que lhe explicar...

Você comigo não combina
Não adianta nem tentar
Não vejo mais razão nenhuma
Para continuar...

Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!
Não serve prá mim!...

Uma palavra de carinho
Jamais ouvi você falar
Seu beijo tão indiferente
Foi o que me fez pensar...

No tempo que eu estou perdendo
No amor que eu tenho para dar
Deve existir alguém querendo
O que você não quis ligar...

Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!...
Não serve prá mim!...

Pode ser que alguém
Lhe queira dar
Um grande amor
Quero que você seja feliz
Com outro alguém
Porque eeeeeeeeeeeeeu!
Não quero mais seu amor
Não pense que eu sou ruim
Vou procurar outro alguém
Voceeeeeeeeeeeeê!
Não serve prá mim!
Não serve prá mim!...


sexta-feira, julho 04, 2008

Música pra declamar

Eu Sei Que Vou te Amar - Tom Jobim
Composição: Vinícius de Moraes

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

quinta-feira, julho 03, 2008

Uma viagem e a carta de amor.

Semana passada eu estava viajando. Acho que não tem mais o que esconder. Conheci coisas novas. E voltei ouvindo uma música e lembrando de ti. Aprendi mais um pouquinho. Como é bom sonhar acordado contigo de novo. Mas tudo isso é de se esperar de cada nova experiência. Lembrei de como eu gostava de tudo aquilo, de tudo em você. Lembrei que a vida é cheia de surpresas. Amo aquela rotina até hoje. A impressão que temos das coisas nem sempre condiz com a realidade. Lembro do toque do seu cabelo, lindo. Lembrei, sobretudo, que a vida é cheia de surpresas. Lembrei do seu jeitinho. E que é isso que torna tudo tão legal. É engraçado ver como somos imaturos. E como tudo é tão misterioso.

Tantos presentinhos que não te dei.
Os eu te amo que não disse. Fiquei com saudade do passado. Tantas conquistas. Quanta coisa que quis te ligar pra contar. E senti falta dos bate-papos de madrugada. Pra pedir tua opinião. Tantas viagens. Todos os dias. Um mês pra ficar com você, que era tudo que eu podia. Que nada, uma pena.

Eu quis fazer isso logo. Poucos dias, poucos meses depois. Não tive coragem. A vida seguiu seu rumo. Nunca deixei de sentir. Você também não. As verdades não se acabam. Hoje eu tive um tempinho livre e pensei na qualidade de vida. Lembra? E entre tantos filmes de suspense, a história era um romance água-com-açúcar perfeito.

Fiz programas diferentes. Diferente de tudo. Estamos tão perto. Sei que pra mim é mais fácil. Ouvi músicas novas e conheci gente nova. Percebi que, definitivamente, vivemos numa província. Abre mão de tudo. Não por mim. Eu não aguento mais trocar o dia pela noite. Tenho que me reacostumar ao ritmo das pessoas normais. Por nós. Te quero pra sempre. E essa viagem complicou tudo. Noites e mais noites acordado. Consigo ver a gente junto. Mais que tudo. E dias intermináveis de sono profundo. Treinamento, excelência de qualidade! O final feliz ridículo da pecinha de teatro da escola. E nós dois lá, felizes, vendo nossos filhinhos atuando. E mais sono. Muito mais. Happy ending. Te amo.

Um dia eu volto lá, pra te visitar.

Primeira coisa: você está na cidade mais linda do Brasil, quiça do mundo! Não esqueça disso. O seu caminho pro trabalho, seja lá onde for, certamente é um passeio turístico. E todo dia você vai ver que tem alguma coisa nova e linda que não tinha percebido ainda.

Segunda coisa: Quando você duvidar da primeira coisa, dá um pulinho em Búzios e, na pior das hipóteses, você vai estar a alguns poucos quilômetros do paraíso. O que faz do Rio um ponto de apoio e, assim, ainda mais perfeito.

Terceira coisa: De carro você vai a Parati pra um lado (sim, é longe! jeri também é!), Búzios do outro e Petrópolis pra cima! Sem falar de Angra! Aproveite! Depois fica muito mais longe. Faça a ponte aérea Rio-SP. É "relativamente" barato e dá pra se sentir um verdadeiro executivo da megalópole. Mas vá arrumadinha pra não ficar por baixo!

Quarta (e última) coisa: cada bairro do Rio é um lugar novo. E cada vez que você vai lá é diferente. Visite tudo, ande a pé (na época de frio. Aproveita que é agora!), vá ao Teatro (até cinema parece mais cultural), coma salada (no Forte e no shopping), dê uma charladinha no Poxxxto 9. Visite o Centro várias vezes, visite os museus e se interesse pela história do Rio. Você vai entender porque eles acham que ainda são a capital do Brasil. Suba o Morro de Sta. Tereza de bondinho, mas pule pra tomar uma cervejinha sem pressa lá em cima.

Mas vá de peito aberto, pra não voltar ou, pelo menos, pra não saber quando é. Como qualquer metrópole, é complicado, é mais fechado. O metrô dá acesso a quase todos os pontos turísticos. Mas não se resuma só a farras. Se entregue ao ritmo da cidade. Deixe ela te levar. Se entregue ao Rio. Afinal, o Cristo tá lá, de braços abertos pra lhe receber.

derrota que lembrou Vitória.

Vinha voltando pra casa, depois do dia, digo, da noite de trabalho que não era minha, a trilha sonora me deu uma boa inspiração e resolvi parar num posto e comprar só duas long necks pra segurar os pensamentos. Meu primo-muito-mais-que-amigo VituValdir me disse que deveria escrever mais assim. Como leitor e incentivador deste modesto blog, tem esse direito. E acho que tem razão também! As coisas fluem melhor.

Vi no posto o finalzinho do jogo do Flu. Qual não foi minha surpresa, minha mãe, fanática, tava em casa com a mão gelada vendo o finzinho do jogo. Penaltis! E os caras conseguem perder 3 cobranças! Bem (olha o otimismo!)! O motivo do post não era a derrota, mas lembrei do dia parecido com esse que cheguei em casa e vi pai e mãe delirando com o jogo do Sport. Na verdade, o jogo era do Flamengo, mas na minha casa de descendentes de pernambucanos, era do Sport mesmo. E o Leão da Ilha do Retiro foi campeão. Merecido, sem puxar saco! Mas o melhor foi ver minha mãe ali torcendo, muito mais pela felicidade do meu pai. E meu pai ali todo orgulhoso do seu time, do seu estado, de ser pernambucano.

O jogo chegou ao fim. Eu já tinha entrado no clima, em apenas 15 minutos de jogo. O finalzinho eletrizante meu pai assistiu de pé. Minha mãe, fazendo figa, viu o jogo acabar. Eu torci quietinho ali, achei massa! Saí de fininho e deixei os dois lá, abraçadinhos, comemorando a vitória do Ixportí. Que na verdade era a felicidade do meu pai de ser da Veneza brasileira! E da minha mãe de ser feliz ali com ele!

terça-feira, julho 01, 2008

Razão e sentimento

Disse isso para uma menina que estava se tornando especial, um dia: razão e sentimento não se dão muito bem. Quanto mais se fala, mais se pensa, mais o tempo passa, a razão vai ganhando espaço, se tornando mais clara, deixando transparecer a loucura que tinha por trás de todo aquele sentimento afobado. Então esse sentimento decanta, volta pro fundo do pote de lágrimas e a vida segue seu curso, assim, sensata.

segunda-feira, junho 23, 2008

CINEMA - Vale o ingresso?

Eu sempre fico me prometendo falar dos filmes que assisto. Seria uma ótima utilidade pública. Mas nem sempre tenho saco, ou nem sempre vale a pena perder esse tempo. Vou tentar resumir os últimos, sem resenhas ou sinopses, que eu já disse que isso a gente encontra mais fácil na internet. (Ah Não vou lembrar de todos!)

Indiana Jones - PORRA! Esse tem que começar com um palavrão! Não vale a gasolina que se gasta pra sair de casa. Sendo bem "opinioso", não vale arriscar a memória infantil que tínhamos do explorador americano dos filmes com bolas rolando e cavernas misteriosas. O roteiro não merece qualquer reivindicação dos roteiristas de Hollywood. Uma história imbecil, sem pé nem cabeça, que faz perceber que não vale a pena arriscar as boas lembranças do passado. Eu, sinceramente, prefiriria ficar com as memórias do passado, de quando eu visitei os estúdios do MGM e assisti atônito à historinha do herói americano.

Sex and the City - The movie -- Vale a pena o ingresso e a pipoca! Penso que seja improvável alguém gostar do seriado e não gostar do filme, ou vice-versa. Ou seja, isso é um comentário bem objetivo. Pra quem curtiu o seriado, encerrá-lo com um longa de cinema seria o sonho. E o filme corresponde: parece bem um excelente final para o seriado! Pra quem não acompanhou a saga de Carrey e suas amigas, ainda assim é uma experiência altamente válida. Ou seja, o filme se vale por si só! Por mais que se ampare no seriado, o roteiro tem vida própria e convence sozinho. Resumindo, mesmo vindo do seriado, o filme é um legítimo Longa-metragem.

Fim dos tempos - Poderia fazer uma lista de filmes sobre catástrofes que passam pela cabeça enquanto a trama se desenrola: Eu sou a lenda, Invasores, Cloverfield e por aí vai. A grande diferença é que o grande inimigo é invisível e muito bem representado pelo vento. Isso mesmo: vento forte, folhas balançando e uma música de suspense fazem a combinação perfeita para o mistério. A grande semelhança é a capacidade incrível que os roteiristas têm de fazer todos os desastres acontecerem na América. Eles até representam bem o sentimento de perseguição do povo americano, quando mostram as pessoas, mesmo sem saber o que é a tal ameaça, achando que se trata de um atentado terrorista. Conclusão: vale o ingresso, sim. Mas se só tiver a pipoca pequena, não compra, não, que sai muito caro.

Vem mais por aí! A Outra, Ponto de Vista, Ensinando a viver, Na natureza selvagem, O Nevoeiro, Southland Tales e outros que não tô lembrando agora.

sexta-feira, junho 20, 2008

Pra você.

Pra ti, pra alguém que escreve entrelinhas subentendidas em textos drogados incompletos, recitados por idiotas irresponsáveis com calças mal-amanhadas: fuck-off! ai dentro! Não tem nada a ver, mas lembrei de uma menininha inconvenniente falando de outro cara num recital. Só serviu pra me deixar mal! Nada demais, ninguém entendeu. [mais um palavrão] Te amo. Beijo Grande.

Thinking that things!

Uma pena! Fiquei bem chateado de chegar e ver que ela não estava lá, como estava virando costume, pra ficar ali até bem mais tarde conversando besteiras. Tem tanta coisa que eu queria dizer e não tenho coragem... ou simplesmente não devo mesmo. Depois desses chopps e uma única draft eu podia perfeitamente escrever isso pra ela. DIzer assim na lata, não! Mas digitar e ter todo o ciberespaço pra me defender ou esconder, seria bem fácil.

Well! Como dizem os americanos, otimistas por criação, ela tem a vida dela, cada um tem a sua. POIS BEM (viram o otimismo?!), a última long neck já passou da metade e eu não pretendo partir pras importadas de alto teor alcoólico. Minha casa não tem mais geladeira. Tenho que provar as coisas ao natural. Quem bom. Tudo natural, sem celular (que eu queria chamar de telefone móvel), sem internet, sem wi-fi, sem 3G e sem contato com o que não se quer. Isolado! Vendo na TV onipresente o comercial do novo sonho de consumo, que custa caro mas muito pouco pro que eu pretendo pra mim.

Desisti do show de rock que era exclusivamente pra ouvir música boa. Não pela música boa, mas pela falta de tempo pra trabalhar amanhã, já que decidimos não abrir mão das horas livres. Vai valer a pena. Demais! Não sendo assim, jamais teríamos qualquer tempo livre. Think different! O mundo todo está querendo comer bife!!! Até a super-população-asiática está comendo melhor. O que você diria sobre a relação entre um milho e um galão de gasolina? Uow! Things are changing!

Aguarda só um instante que eu decidi aceitar a holand beer. Back soon! Gosto horrível, álcool puro. Prefiro as drafts! E então eu me lembro de várias coisas, de várias pessoas e de inúmeras situações que não convém comentar. Lembrei demais da viagem que a encontrei numa ladeira por um acaso nem tão por acaso, quando depois fiz de tudo para deixá-la no lugar certo, do meu lado. Ali eu vi que era ela, mas fui bobinho demais e preferi achar que era cedo, assumi minha imaturidade. A viagem de ônibus de volta foi tão calma, estava tudo tão bom, tão bem. E eu, idiota, forcei pra estragar tudo. Pra fazer não valer a pena.

E dizem os bons que um bom post, de um bom blog, deve ter no máximo cinco parágrafos. Ou seja, cheguei ao meu limite, fim da linha. Cerrei meus punhos, me encarei no espelho, agradeci o dólar baixo e acreditei no ministro da fazenda. Não dei bola para o dragão da inflação. Qual é! Nem inventa de postar sobre economia brasileira, ninguém entende disso. Vi a nossa vida juntinha, ali. Pensei seriamente em te pedir pra largar tudo, essa sua mentira que eu sei que você não gosta mesmo. Pense bem. Não vou falar disso, dessa verdade. Meu parágrafo acabou. Beijo e boa noite. Te quero demais. Mais que tudo.


quarta-feira, junho 18, 2008

Playground Love

Detesto tudo isso. Essa minha mania idiota de insistir nas coisas, mesmo sabendo que vou me detestar lá na frente. Odeio minha curiosidade. Uma necessidade voyeur de procurar as coisas por ali, de me procurar. Desisti de escolher uma letra de música, de todas que ouvi hoje, pra colocar aqui. Desisti porque, na verdade, eu estava procurando algo que não quero pra mim. Fim.


I'm a high school lover, and you're my favorite flavor.

Love is all, all my soul.

You're my Playground Love.

Yet my hands are shaking.

I feel my body reeling, times no matter, I'm on fire.

On the playground, love.

You're the piece of gold that flashes on my soul.

Extra time, on the ground.

You're my Playground Love.

Anytime, anywhere,

You're my Playground Love.


Segredo pra amanhã. Pra outro dia, quem sabe.

Pegou as fotos antigas
Ficou ali a noite toda
Sem sono e com vontade de nada fazer
Esperando o tempo passar pra ver
Se amanhã terá mais sorte
De encontrá-la por aí

Só te ver
Já seria alegria demais
Mesmo sabendo que não poderia te ter
E nem ao menos sua mão tocar
Ou fala Ou ouve Ou aprecia
Sem ter mais o direito de te ter

E mais uma noite adormece
Sem saber o que será do futuro
O nosso futuro e o teu segredo
As fotos caem no chão
Mas deixa pra lá
Mais tarde eu arrumo tudo
Quando acordar.

terça-feira, junho 10, 2008

Injustiça, tristeza e felicidade.

Por um breve momento
bem breve
eu vi a tristeza naquele rosto
sempre tão feliz.

Não parecia preocupação
falta de tempo
briga, compromisso
nada disso.

E por um breve momento
nem tão breve
achei que não era justo
comigo e com ela
eu ser feliz ali
assim
sozinho.

segunda-feira, junho 09, 2008

Em algum lugar do passado

Saiu mais cedo do trabalho. Até porque fora lá só para bater ponto mesmo. Saiu muito tarde de casa, depois de recusar todas as chamadas insistentes do velho telefone preto da sala. Com algum sacrifício, levantou correndo e atendeu apenas uma, que avisava que o dia ia ser mais sem graça do que já estava prevendo. Devia ser a ressaca de um final de semana atípico, com pouca bebida e nada de farra. Pôs algo para tocar e viajou com as músicas que ouvira outro dia, naquela noite muito boa e muito estranha, paradoxalmente combinada e imprevista.

Pensou em assitir (a) um filme pescoçudo, mas logo desistiu de todos. Viu as horas no relógio passarem com a incredulidade de quem nunca tem tempo livre para nada. Perdeu um tempo danado decidindo entre o disco novo dos Beatles e um outro muito moderninho, como se fizesse muita diferença para sua inspiração. Discutiu um assunto importante que já estava lhe tirando do sério e viu sua vontade de fazer qualquer coisa se esvair nos últimos minutos daquela hora, a última do dia.

Foi procurar em algum lugar do passado alguma explicação para essa mudança constante de humor. Não havia motivo para isso, tudo tão normal, as coisas fluindo tão bem. Leu alguns trechos de Bukowski e de outro autor desconhecido, umas histórias chatas, sem graça e excessivamente cheias de álcool e desgraça. Nada do que queria. Talvez a explicação de tudo esteja mesmo em algum lugar do passado, talvez distante, talvez nem tanto. Mas, seja como for, já vale a pena pela trilha sonora, uma das melhores de todos os tempos.



quinta-feira, junho 05, 2008

Tirinha do dia perfeito


Um dia desses eu e aquela menina linda e cativante tivemos um dia muito pra lá de perfeito. E essa tirinha seria uma boa referência, apesar de não dizer tudo!








quarta-feira, junho 04, 2008

A dor voltou mas o sono veio.

Antes mesmo de começar a escrever já havia se arrependido de tirar a máquina de escrever lá de cima do armário. Se arrependeu do que escreveu ontem, o texto sem metáforas e numa primeira pessoa desnuda. Aberto demais, diferente das artimanhas que aprendera a utilizar. Se arrependeu, mudou de idéia, não quis mais. Foda-se se ela não se vê mais, se você não se vê mais, se vocês não sabem enxergar.

E acabou chegando à conclusão de que não vale a pena achar, ali naquela noite, que vale a pena, pra depois ter que carregar a cabeça pesada por aquela dor chata que não passa. Dor desviada, que devia doer no peito, mas que o próprio corpo engana, pra que ele sofra sem ter que parar de pensar. Ela é chata, pensou. E é mais arrogante que ele. É possível? Hoje foi. E ele achou que seria muita besteira perder seu tempo precioso pra ficar com raiva dela. Era melhor guardar aquela imagem linda que construira, que ela mesmo parecia fazer de tudo para desconstruir.

Escreveu sobre isso e sobre como andava se sentindo nos últimos dias, depois daquele fatídico incidente. Essa coisa de voltar ao normal estava lhe deixando irritado. Trabalhar na hora que não queria, falar com quem não desejava, beber pouco e tudo mais por pura falta de tempo... Pensar em guardar algum dinheiro e em como seria seu apartamento novo. Tudo isso parecia um saco e lhe causava uma insuportável dor. Dor de cabeça que começa a voltar e que nada mais é do que parte dele pedindo pra ter de novo e outra muito maior lembrando que não vale a pena ser infantil e afobado.